terça-feira, 28 de julho de 2009

Coisas de mãe...



Olá pessoal, demorei mas to de volta.
Como dizia a letra de uma velha lambada, (vixe! Entreguei minha idade) “a vida é um perde e ganha...” Todos nós sabemos disse e alguns aprendem isso desde muito cedo.
Guardadas as devidas proporções, já que o sentimento de perda varia de pessoa, da importância financeira e sentimental do algo perdido, etc. Gabriel se deparou com esse sentimento a alguns dias. Em um dos nossos passeios à casa de amigos, ele perdeu um bichinho de pelúcia que o tinha como “bichinho de estimação”. Por ser bem pequeno e acreditarmos que ele perdeu na rua, no trajeto até o carro, não o encontramos.
Embora eu tenha voltado ao local com ele e ficado até tarde da noite revirando lixo e perguntando aos feirantes, não o encontramos. À medida que as horas se passavam via a tristeza e a desilusão se apoderando do meu pequeno. Como é ruim... Sabia no meu ceticismo de adulto, que não iríamos encontrar. Mas acreditava lá longe na minha esperança de eterna criança, que pudéssemos encontrá-lo em um revirado de folhas secas no cantinho de uma calçada. E ficamos ali, sentados em um canteiro, olhando pra o chão, olhando um pra o outro sem saber mais o que fazer. Mesmo com toda tristeza achei algo de bom naquela situação. Estávamos juntos ali vivendo aquilo com toda cumplicidade que possa existir entre mãe e filho. Até que resolvemos ir pra casa e conversar sobre o que a gente ganha e perde ao longo da vida. (conversa besta pra uma criança de 7 anos né não?)
Durante a semana Gabriel não se alegrou com nada e o pior é que o bichinho não existia mais pra vender onde compramos. Foi aí que tive a idéia de procurar na internet nos sites de brinquedos velhos e usados. E comecei a jornada rumo ao bichinho perdido. Finalmente encontrei um “irmão gêmeo” de TIGRINHO (o nome da fera) em Santos – SP por R$ 6,00 + o frete. Fim da agonia! Estamos à espera do dito cujo por esses dias.
Gabriel sabe que não é o mesmo e sim outro igual que consegui comprar, mas está ansioso e satisfeito. Também já conversamos sobre o fato de existir pessoas e coisas que, ao perdermos, não podemos e muitas vezes nem queremos substituição alguma. Fica a saudade e as lembranças. Mas em outros casos, assim como esse, conseguimos essa substituição para que ele aprenda a dar mais atenção e valor ao que ele gosta pra não perder de novo. Mesmo sabendo que essa foi a primeira de muitas que ainda viram.
Beijos a todos,
Míriam

2 comentários:

Francineide disse...

Nossa lembro desse boneco mesmo.

SERGIO RICARDO disse...

Míriam estava lendo e "vendo", pois seu texto me permitiu "ver" a fotografia dos dois procurando o brinquedo perdido.

Fico feliz por Gabriel poder dessa vez trocar o que tinha perdido.

E Helena no meio disso tudo como ficou???

*** Fiquem com Deus.