domingo, 16 de novembro de 2008

Bullyng infantil na escola

Bullying[1] é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.
Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying

Então vejamos, o nome é diferente, difícil de falar, de língua estrangeira, etc. Mas que vem a ser a “boa” e velha BRINCADEIRA DE MAU GOSTO, onde apenas um lado se diverte enquanto o outro se aborrece.
Quero falar do bullying infantil praticado na escola.
O meu Gabriel nunca mordeu nem bateu em nenhum colega, (é certo que ele tem um temperamento calmo) mas esse ano ele sofreu uma agressão por parte de um colega de classe e vocês não imaginam como foi difícil deixar que a professora resolvesse. Confesso que senti vontade de puxar a orelha do agressorzinho. Justo eu que sou contra os castigos físicos e humilhantes!!! Nesse caso, quem tem que resolver é a professora. Caso se repita, a direção da escola. E por fim, os pais em conjunto com a escola e a própria criança.
É bem verdade que crianças não são robôs programados pelos pais ou pedagogos. Em contra-partida, não acredito em crianças más na essência. Essa tal maldade que, supostamente deve vir no nosso DNA deve ser encarada como uma erva daninha que surge no jardim em meio às flores. O jardineiro localiza e arranca. Se nascer outra, arranca novamente e assim por diante.
Creio que somos um misto de herança genética + meio que vivemos + outros “ingredientes” que nem a ciência explica ainda. Porém, vejo que algumas crianças se divertem com o infortúnio das outras. Por que será? Não quero colocar a culpa do bullying nos pais, mas sabemos que as crianças se expressam de diversas maneiras e é preciso estar atentos para captar o que de exato elas querem dizer. Sabemos também, que as crianças aprendem mais com a nossa maneira de agir do que com os nossos ensinamentos verbais.
Será que Gabriel é melhor do que as crianças que se expressam agressivamente? Ou ele é mais bem compreendido nos seus erros, nas suas frustrações, nas suas angústias, nos seus questionamentos, nas suas carências, etc?
Não existem pais perfeitos, mas é preciso ter consciência da imensa responsabilidade que é gerar uma vida e coloca-la em um mundo tão cheio de desigualdades e preconceitos. Porque o futuro do mundo está nas crianças e assim como no jardim, é preciso arrancar as ervas daninhas para que as flores cresçam fortes e bonitas, é preciso extirpar os maus sentimentos e canalizar as agressividades das crianças para que elas cresçam fortes e capazes de se expressar cada vez melhor.
Eu conversei com a professora de Gabriel e estou, aos poucos tentando ensina-lo a se defender sem precisar agredir e também a se afastar dos colegas agressores. Espero que todos os pais e mães tentem prestar mais atenção na maneira como seus filhos se comunicam. Uma ação pode valer mais que muitas palavras.
Abraços a todos,
Míriam
PS: Ano que vem minha Helena vai pra uma recreação infantil. Ela tem um temperamento forte, diferente do irmão, mas espero que ela aprenda a socializar-se com os colegas e para isso começamos cedo a ensina-la como respeitar o próximo para poder ser respeitada.

2 comentários:

Anônimo disse...

Na verdade, ainda nào se verifica a prática de bullying na faixa etária de Gabriel. Ocorre na adolescência, onde os jovens necessitam de identidade com grupo e ficam mais sujeitos a tal prática, por uma questão de aceitacão pelo Grupo.

Anônimo disse...

Na pré-escola e na 1a.escola verifica-se tentativas de relacionamentos onde tudo são repeticões do que aprendem em casa e com os próprios amiguinhos.
Existem criancas muito agressivas e outras mais dóceis, gentis e delicadas. A interacão entre elas possibilita o equilíbrio nas relacões para o resto da vida. Nós pais, sofremos muito quando nossos filhos apanham na escola. Temos vontade de esganar o agressor.
Entretanto, não podemos perder de vista o fato mais importante de tudo: a Escola prepara a crianca para a vida adulta onde as relacões são duras e difíceis. Que comecem cedo a se preparar para o mundo. Confesso que quando vi pela 1a. vez, minha filinha de apenas 1 aninho chegar com 7 mordidas pelo corpo fiquei chocada, com o desejo
irracional de matar o torturador.
Quem foi o mordedor ? Outro bebê do tamanho dela, só que muito agressivo, ainda, precisando de muito afeto e de limites.
E a vida é bem assim
Nós pais temos obrigacão de oferecer muito afeto a nossos filhos, apoiá-los e dar-lhes Limites. O resto aprenderão com a vida.

Elisabeth Barros
Mãe de 02 adolescentes: LAURA (18) e BEATRIZ (16)