quarta-feira, 13 de maio de 2009

Chupeta, consolo ou vilã?


Quando Gabriel nasceu, confesso que não havia pensando na polêmica entre dar ou não dar chupeta. Não sei se por ser meu primeiro filho, já tinha comprado de todas as cores. Porém, não em todos os formatos. Sempre tive o cuidado de comprar as chupetas com formatos anatômicos, com bico de silicone e no tamanho adequado a idade. Só quando cheguei da maternidade e as visitas começaram a chegar em casa é que fui ouvindo as opiniões de cada um (que são muitas e diversas) é que fiquei pensativa e com medo de estar fazendo uma coisa errada e que prejudicasse meu filho. Resolvi seguir minha intuição e continuei com o “consolo” e amamentei por 6 meses sem problema nenhum.
Gabriel deixou a chupeta com mais ou menos 3 anos. Meio tarde, eu creio. Mas sua dentadura é perfeita e sua dicção também.
Com Helena a chupeta também entrou no enxoval. Hoje, com 2 anos de idade já comecei a retirada gradativa para que não prejudique a dentição e para que aos poucos ela comece a não depender de um “consolo” para encarar as frustrações do dia a dia.
No encarte Revista JC do Jornal do Comércio com data de 03 de maio desse ano, foi publicada uma matéria que fala sobre pesquisas recentes que absolvem em parte a chupeta da culpa de atrapalhar a amamentação. No entanto, os dentistas ainda a consideram vilã, principalmente após os 3 anos de idade.
A matéria fala sobre a origem, as mudanças e os possíveis malefícios e benefícios da chupeta.
Inventada pelos gregos a mais de 3 mil anos para acalmar rebentos indóceis, as chupetas eram feitas de linho e embebidas em mel, leite adocicado, conhaque e láudano (ópio misturado com álcool). Uma bomba né? Já no século 19, as chupetas ainda eram feitas de pano e ainda por cima muitas vezes umedecidas com a saliva da mãe e das enfermeiras (arg!). Acredito que vem daí a grande maioria da aversão a esse objeto.
Não quero redimir a chupeta de todo e qualquer mal que possa causar. Os próprios médicos reconhecem a necessidade de sugar de um bebê. E essa sucção suprida através da chupeta ou do dedo, é chamada de sucção não nutritiva. Não nutritiva porque não mata a fome, mas sacia outros desejos aos quais Freud batizou de fase oral, quando os desejos são supridos somente pela boca.
Bem, o que me chamou a atenção mesmo foi o fato das últimas pesquisas apontarem a chupeta como aliada na prevenção da morte súbita (síndrome que causa parada respiratória em bebês com menos de um ano, durante o sono). Um dos maiores medos de uma mãe.
No final das contas, a matéria nem condena nem absolve a dita cuja. Como tudo nessa vida, a chupeta tem seu lado positivo, já que acalma, auxilia na prevenção da morte súbita e das cólicas, etc. E tem seu lado ruim, quando atrapalha na dentição, na dicção (se usada depois dos 3 anos) e deixa a criança dependente de um objeto para se acalmar. Saio em defesa da chupeta já que chupar o dedo é bem pior devido a sujeira das unhas e por ser mais difícil para os pais controlar.
Mais uma vez o que vale é o bom senso e o bom e velho instinto materno.
Bjs a todos,
Míriam

Um comentário:

Bruno Bezerra disse...

é a pepetinha, que como vc bem falou, também tem seu lado positivo, mas precisa entrar e sair da vida do bebê na hora certa.